domingo, 3 de janeiro de 2016

                          Para entrar em um Novo Ano...
                                                       Andrea Campos


Abrir parágrafos, travessões, saltar linhas, virar páginas, colocar os pingos nos is. Bordar tremas, tecer poemas, acentuar ser feliz. No momento complexo, se vestir circunflexo como nunca se viu. Ter corpo quente, mas destilar sangue frio e, sobretudo, saber dizer n-a-o-til. Ser doce e ser sal, distinguir o bem do mal, se for amor, vírgula, se não for amor, ponto final. E quando vier a dor, que serenamente se espere a alegria. Nunca, jamais abandonar a poesia. E sendo a vida o que tinha de ser ou sendo a vida o que se queria, escolher sempre viver e fazer travessia.