OSKAR KOKOSCHKA E ALMA MAHLER: UM CASO DE BONEQUICÍDIO
Há algum tempo, discorri nesse espaço virtual, o tórrido caso de amor entre Alma Mahler e Oskar Kokoschka. Mas, não narrei o seu desfecho. Os que se interessarem, convido-os a acompanharem-me.
A bela e talentosa Alma Mahler havia sido casada com o compositor Gustav Mahler. Este, por sua vez, ao tê-la proibido de desenvolver seus dotes musicais, o que a levou a uma profunda depressão, recebeu em troca por sua opressão, o romance de sua mulher com Walter Gropius.
Nem Freud conseguiu salvar este casamento, tendo Gustav Mahler morrido de tristeza aos cuidados de Alma. Uma vez viúva, antes de vir a se casar com Gropius, Alma Mahler teve um caso incendiário com o pintor Oskar Kokoschka. Paixão que não resistiu à possessividade e arrebatamentos do artista. Ao separar-se do pintor, este alistou-se no exército austro-húngaro e partiu para a Primeira Guerra Mundial a fim de "esfriar a cabeça".
Tendo sobrevivido aos fronts de batalha, terminada a guerra, Kokoschka encontrou Alma Mahler já casada com Walter Gropius em Viena. Inconsolável, encomendou a confecção de uma boneca de mesma altura, tamanho e características da amante perdida. Com essa boneca, consolou-se por anos a fio.
Até que certo dia, nos primeiros raios de um sol que se enxeria, após uma noitada regada a muito vinho, barulho e outras substâncias, a vizinhança chamou a polícia por terem visto um corpo degolado e banhado em sangue no jardim de Kokoschka.
Sob os olhos atentos daqueles que espreitavam sobre o muro da casa do pintor, a polícia se aproximou e percebeu que o corpo ensanguentado sem cabeça era, na verdade, o de uma boneca encharcada em vinho. A boneca sem Alma de Kokoschka...
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