Amor à la Mondrian
À Mondrian
amei teu corpo,
teus desvarios
e teus riscados,
língua e pele,
suor e porto,
naveguei
os teus quadrados.
Cores quentes,
linhas retas,
meus escudos,
tuas setas.
Pernas-horizonte
verticais,
neoplasticismos
radicais.
Branco-nude,
azul-fremente,
concretude,
vermelho-ardente.
À Mondrian,
pintada
em óleos,
pincelei
retângulos
com os
meus molhos.
Assim, soldei os
nossos corpos
com cola e tinta,
paz e libelo,
e te fiz
renascer
depois de mortos
e adormecemos
amar-elos.
Andrea Campos
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