sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Galope
      Andrea Campos


Corra,
que o tempo é o trote
de um alazão dourado
naufragando a pique
na escuridão,
e eu rosa tesa acesa
rebrilhando em pétala
na tua mão,

Corra,
pra que a tua face
inaugure e trace
as linhas
do desejo
luzidio,

Corra que a alma só
não basta,
dedilha essa mulher
que é casta,
no cio.

Corra,
Traz contigo a chama,
restos, galhos, rama
de nosso passado
mais que imperfeito,

Corra, vive,
morre, exclama,
molha, explode
e inflama
esse galope de amor
no peito.









2 comentários:

  1. Extraordinário, cheio de luz, de paixão.
    O tema não escapa de tua escrita, Andrea. Poetisa de mão cheia, parabéns...

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