quinta-feira, 31 de março de 2022

 Esbarro no teu corpo e o revolvo num arado de dedos. Brotam-me teus pêlos de minha plant(ação). E é dos canais de tua terra que jorra o gêiser que se espraia por meus pântanos, escorre em minhas curvas, regurgita por meus becos e me fertiliza. É só da tua seiva e do teu barro que é colhido o meu dia.

Amanheço. O meu corpo retesa, arrepia, se põe em ondas e é preciso te beijar. Te beijar é derrapar e cair, vertiginosamente, na boca do mundo.



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