segunda-feira, 27 de julho de 2015

                                                                 INFÂNCIA
                                                                                 Andrea Campos


Quero a paz emergente dos mangueirais,
sentido de tudo ao som dos colibris,
deitar nas redes de todos os quintais
escutando da cozinha os diz-que-diz.

Ir de volta ao tempo em que fui maduro,
enxergando esse mundo como ele é,
não o inventado, mas o meu que é puro,
sem roupa apertada, sapato no pé.

E o sonho impregnado de infinito,
bonecas luzidas de eternidade,
Trenzinho, bruxa de pano, o apito,

Imagens ressuscitam a saudade.
Chega de dogmas, tanta relutância,
vou dormir no colo da minha infância!
















*Todas as telas são de Cândido Portinari

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