Acho interessante como grande parte desses beijos acontecem diante de uma janela ou ao lado de uma janela. Há um jogo de ver, se mostrar, ser visto e se esconder... Uma alternância entre estar e não estar no mundo. Se bem que um beijo pode ser mesmo coisa de outro mundo...rs O fato é que o expressionista Munch gritou só uma vez e beijou várias...rs E ficou mais conhecido por haver gritado do que por haver beijado. Se bem que um beijo é, também, um grito, um grito de amor. A outra questão que me chama a atenção é que nos beijos, as bocas não são pintadas, há uma fusão total entre os amantes nos quais as bocas se dissolvem. Já no "Grito", o que mais vemos é uma boca. Ou seja, na dor e no desespero é quando estamos mais sozinhos e tudo em nós se revela em sua singularidade...
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