segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

 MERGULHAR EM TEU CORPO O MAIS PROFUNDO ATÉ TOCAR A TUA ALMA


A glória para o amante não é capturar o corpo de seu amado, mas desvendar-lhe a  alma. Aquele que ama acredita que, por amar, conhece o amado mais do que qualquer outra pessoa, mais do que ele mesmo e nesse conhecer dá a maior prova de seu amor:"Eu te conheço, sei quem você é". 


O amado, também amante, pode, com isso, se sentir menos sozinho, fusionado no amor, mas também, traído em seu segredo, pois foi conhecido sem ter se dado a conhecer. É disso que trata o mito de EROS e PSIQUÊ: Eros o deus do amor, se apaixonou por Psiquê uma bela mortal, mas para poder concretizar esse amor que era proibido por sua sua mãe Afrodite, Psiquê deveria acreditar que ele era um monstro, jamais podendo ver a sua face, amando-o no escuro.


Eram muito felizes até que Psiquê, por curiosidade, ao estar Eros adormecido, iluminou o seu rosto e conheceu de sua beleza. Eros se sentiu traído, ferido de morte em seu amor e se separaram. Mas tendo Psiquê se redimido, provado seu amor, foi resgatada por Eros que nunca deixara de amá-la e se eternizaram juntos:


Deixa que as luzes se apaguem para que eu te possa ver melhor/ E perscrutar os meandros de tua pele, traçados de curvas em eterno retorno ao nosso encontro/ Deixa que as luzes se apaguem para que eu te possa ver melhor/ Mergulhar-te em meus braços para te navegar nas águas da poesia: feita carne e sangue/ oceano e fantasia.


Andrea Campos


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