terça-feira, 25 de janeiro de 2022

La La Land

 


La La Land, filme maravilhoso. O que eu acho fantástico nos musicais é que assistimos a eles sem nos lembrarmos de que são musicais, como se no fundo, muito da nossa vida se traduzisse e fosse vivenciado em dança e música. É como se estivéssemos sempre nos expressando através de um baralho de linguagens. Quem nunca se pegou cantarolando uma canção que dizia respeito àquilo que se estava sentindo naquele momento? Ao estarmos alegres, mesmo sem par, a alegria nos tira pra dançar... Quem nunca dançou com o seu amor (sem música)? As canções e músicas conectam-se a nós automaticamente, inclusive quando não as estamos ouvindo, vibram e tocam em nossos pensamentos, reverberam em nossos sonhos... E quando postamos uma música nas redes sociais, é aleatório ou se trata da trilha sonora daquele nosso instante? Quanto ao roteiro, achei que, ao final, ele evoca "Casablanca" . Durante todo o filme, o diretor nos oferece sinais de que Casablanca chegará à narrativa: O papel de parede do quarto da protagonista é um grande retrato de Ingrid Bergman, há nas ruas da cidade um imenso cartaz no qual Ingrid Bergman cintila, em frente ao Café onde a mocinha trabalha está o balcão no qual foi filmada uma cena de amor entre Rick e Ilsa, ela mesma cita Casablanca em uma de suas falas. Mas como não esperamos "Casablanca" no filme, pensando que são apenas homenagens despropositadas, nos surpreendemos quando ela acontece. Com o coração apertado só nos resta balbuciar "We will  always have Los Angeles (LA Land)". Play it again, Sam!

Nenhum comentário:

Postar um comentário