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Nicoletta Tomas |
o sol já nasce entre as barcas,
minhas pernas já têm tuas marcas
e os teus sonhos ancoram nos meus.
Deixa eu amar o divino
que se consagra em teu corpo,
são as cantigas de menino
para o que em ti dorme vivo,
para o que acorda em ti, morto.
Deixa eu contar um a um
os pelos em tua pele,
eles escondem o segredo
de quem tu és, do que te fere.
E, ao voltares ao mundo,
teus olhos sonados na areia
não veem o mais profundo
do que em ti contemplo
enquanto clareia.
Então, de repente, me enlaças,
derramas em mim tuas graças,
mais uma vez adormeces
e o ar que respiro são preces
de que sejam meus dias os teus,
Deixa eu te amar mais um pouco,
antes da hora do adeus.
Andrea Campos
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