sexta-feira, 17 de abril de 2015

Quando brotarem de meu ventre as flores,
semeiem suor em lágrimas de solidão,
despetalem esta saudade, tua aflição,
forrem teu leito, esvaneçam-te as dores,

Quando brotarem de meu ventre, amores,
venha tu, jardineiro do deserto
irrigar, escavar, sentir mais perto
a aridez da ausência apagando cores

De um universo estéril se não te vejo,
niilismo puro ao faltar teu beijo,
horizonte quebrado se te fores.

Despejem aroma em teu pensamento
para que venhas colhê-las no vento
quando brotarem de meu ventre as flores!

Andrea Campos


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