De toda mistura só a parte que infecta,
Sempre soube que havia outras, as escolhas,
Mas, de toda a árvore, só fiquei com as folhas.
Os frutos não eram de meu merecimento,
De sua essência apenas sorvi a espuma
Para fenecer e esvair-me com a bruma
E em meu solo só brotar esquecimento.
Ensaiei violinos em tardes outonais,
Descobri das auroras todos os segredos,
Porém, conseguir deixar-me bem viver, jamais.
Logo, segui com as mãos esguias e tão finas,
Apesar de ter o cálice entre os meus dedos,
Espalhando gotas de néctar nas esquinas.
Andrea Campos
Nenhum comentário:
Postar um comentário